Por mais que passe 99% do meu dia tentando fazer com que Maria de Lourdes diga mamãe, ela ainda não aprendeu. Além de um "papá" que beira o insuportável e deixa o Armando todo prosa, o único som que ela emite e forma uma palavra inteligível é "não". Por conta disso, os, digamos, diálogos dentro de casa têm sido, assim, meio tensos.
- Você ama a mamãe?
- Não.
- E o papai?
- Não.
Ainda bem. Se não me ama não pode amar o pai. Ai dela se dissesse sim!
- Dá um beijo bem gostoso na mamãe?
- Não.
- E um abraço?
- Não.
- Você gosta que a mamãe te faça cafuné?
- Não.
- Você gosta do Fluminense?
- Não.
- Como não? Não diga isso perto do seu pai. Ele ficará magoadíssimo, o Flusão, tantas vezes campeão, é nosso time do coração! Não importa a divisão!
- Nããããããão!
- Está bem, está bem. Hum... você sabe o que quer dizer "não"?
- Não.
Devo confessar que a pediatra já havia me dito que ela ainda não entende o que diz, mas não custava nada confirmar.

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