Capítulo 17

— Ta-da! — St. Clair aparece no hall de entrada com um ramo de uma flor.
Ele está se exibindo para Anna, como ele sempre faz. É quinta-feira, e ele não
precisa trabalhar, mas é claro ele está aqui de qualquer maneira. Embora esta
noite seja diferente.
Ele trouxe alguém.
Aqui está uma coisa sobre Cricket Bell. Você não pode NÃO perceber
quando ele entra em uma sala. A primeira coisa que você percebe é a sua altura,
mas é rapidamente seguido pelo reconhecimento de sua energia. Ele se move
graciosamente como sua irmã, mas com um entusiasmo que ele quase não
consegue se controlar, com o constante corpo em movimento, mãos, pés. Ele
estava apagado nas últimas vezes que eu o vi, mas ele está totalmente
rejuvenescido agora.
— Anna — St. Clair diz. — Este é Cricket.
Cricket faz St. Clair parecer um anão. Eles se parecem como Rocky e
Bullwinkle, e a maneira confortável entre eles faz parecer que eles são amigos há
muito tempo.
Suponho que quando uma pessoa extremamente amável e outra
extremamente extrovertida se tornam amigos, é fácil assim. Anna sorri. —
Seguimos sem coincidir no dormitório. É bom finalmente conhecer você.
— Igualmente — Cricket diz. — Eu não ouvi nada alem de coisas boas. Na
verdade, se eu não estivesse de pé ao lado de seu namorado, eu estaria tentado a
te convidar a sair.
Ela cora, e St. Clair salta dentro da cabine de caixa e lhe da um abraço. —
Miiiiiiiiinha! — ele diz. O casal que está comprando bilhetes na minha cabine os
olha com cautela.
— Pára com isso. — Anna o empurra, rindo. — Você vai ser demitido. E
então eu vou ter que sustentar sua bunda gorda para o resto de nossas vidas.
O resto de suas vidas.
Por que isso sempre me dá arrepios? Eu não estou incomodada que eles estão
felizes, estou? Ele pula em sua habitual posição - sentado no balcão, e eles já
estão rindo de outra coisa. Cricket espera do outro lado do vidro, parecendo
divertido. Eu entrego ao casal sua entrada. — Então... O que você está fazendo na
cidade num dia de semana?— Pergunto a ele.
— Me encontrei com St. Clair faz uma hora, e ele me convenceu a vir. Ele
disse que nós veríamos um filme — ele acrescenta em voz alta.
— CERTO — St. Clair diz. — Essa coisa com imagens em movimentos.
Vamos fazer isso. — Mas ele retorna à sua conversa com Anna.
Cricket e eu trocamos sorrisos. — Entre. — Eu aponto para a porta da
bilheteria.
Um homem em um difuso suéter se aproxima da minha janela, mas nemmesmo isso é suficiente para me distrair de olhar Cricket enquanto ele se move
em direção à porta. Esses longos, passos são fáceis. Meu peito incha com tanto
sofrimento e mágoa. Ele entra, e eu desvio o meu olhar.
— Aproveite o show — Eu digo ao homem do suéter. Cricket espera atrás de
mim enquanto eu imprimo bilhetes para mais duas pessoas. É impossível se
concentrar com ele parado lá. O lobby se esvazia novamente, e ele assume a
cadeira ao meu lado. Sua bainha sobe e revela suas meias. Azul com listras
roxas. Em sua mão esquerda esta uma lista: CAPITULO 12, CAIXA,
SHAMPOO.
— Como você esta? — Ele pergunta. Não é uma pergunta casual.
Eu tiro meus óculos por um momento e esfrego meus olhos cansados. —
Sobrevivendo.
— Mas ela não vai ficar lá por muito mais tempo. — Ele brinca com o
relógio. — Ela vai?
— Seu crédito esta escasso, e foi reprovado a comprovação de fundos para
cada apartamento em potencial.
Ele faz uma careta. — Em outras palavras, ela não está indo embora
amanhã.
— Os encargos de quando ela tentou voltar para seu apartamento não estão
ajudando muito. — Eu cruzo meus braços. — Ela quer que Nathan tire as
cobranças contra ela, mas ele não vai. Não quando ela estava errada.
O cenho de Cricket se aprofunda, e me dou conta que ele não sabia sobre a
recente prisão de Norah. Eu o coloco por dentro, por que… Ele já sabe de tudo o
mais.
— Eu sinto muito. — Sua voz se transforma em angústia. — Há algo que eu
possa fazer para ajudar? — Há certa moderação em seus músculos enquanto ele
luta para se manter longe de me agarrar.
— Que caixa? — Eu deixo escapar. Ele está perdido. — O quê?
Eu aponto para sua mão. — Ler o capítulo 12 e comprar shampoo, certo? O
que é a caixa?
Sua mão direita distraidamente cobre sua esquerda. — Oh. Uh, eu precisava
encontrar uma.
Eu espero por mais.
Ele olha para longe, e seu corpo o segue. — E eu fiz. Encontrei uma. Estou
mudando algumas coisas de volta para a casa dos meus pais. Meu quarto na
escola está lotado. E o meu outro quarto está vazio. Tem muito espaço. Para as
coisas.
— E eu... Vou passar um monte de finais de semana lá.
—E asfériasescolares e verão. — As palavras saltam pra fora, e seu rosto
escurece como se tivesse envergonhado por sua ansiedade. A conversa não é
mais segura. St. Clair interrompe com seu timing tão perfeito que ele deve terouvido. — Ei, você sabia que Cricket Bell está relacionado com Alexander
Graham Bell?
— Todo mundo que conhece Cricket sabe disso — eu digo.
— Sério? — Anna parece genuinamente interessada. — Isso é legal.
Cricket esfrega o seu pescoço. — Não, é uma tonta banalidade, isso é tudo.
— Você está brincando? — St. Clair diz. — Ele é um dos mais importantes
inventores em toda a história do mundo. Sempre! E…
— Não é nada — interrompe Cricket.
Estou surpresa, mas então eu me lembro daquela primeira noite que ele
estava em casa, quando eu mencionei seu nome do meio e nossa conversa ficou
estranha. Algo mudou. Mas o quê?
— Perdoe o seu entusiasmo. — Anna sorri para seu namorado. — Ele é um
nerd de história. Eu não posso resistir de gabar. — Acontece que Cricket é um
brilhante inventor.
— Eu não sou. — Cricket se contorce. — Eu mexo nas coisas. Não é uma
grande coisa.
St. Clair parece extasiado. — Apenas pense. Você é o descendente direto do
homem que inventou — ele puxa para fora seu celular. — Isto.
— Ele não inventou isso — Cricket diz secamente.
— Bem, não esse — St. Clair diz. — Mas a idéia. O primeiro.
— Não. — Este é o mais frustrado Cricket que eu já vi. — Eu quero dizer que
ele não inventou o telefone. Ponto final.
Nós três piscamos para ele.
— Agora fiquei confusa — Anna diz.
— Alexander Graham Bell não inventou o telefone, um homem chamado
Elisha Gray fez. Meu tatara-tatara-avô roubou a idéia dele. E Gray também não
foi o primeiro. Havia outros, um antes mesmo de Alexander nascer. Eles só não
perceberam as implicações que eles haviam criado.
St. Clair está fascinado. — O que quer dizer com, ele roubou a idéia?
— Quero dizer que, Alexander roubou a idéia, tomou crédito por isso, e fez
uma soma inacreditável de dinheiro que não deveria ter sido seu. — Cricket está
furioso agora. — O legado da minha família inteira é baseado em uma mentira.
— Bem. Isso explicaria a mudança.
St. Clair parece culpado por incitar involuntariamente Cricket a nos dizer. Ele
abre a boca para falar, mas Cricket balança a cabeça. — Desculpe, eu não
deveria deixar isso me afetar.
— Quando você descobriu isso? — Eu pergunto silenciosamente.
— Um par de anos atrás. Havia um livro.
Eu não gosto da expressão em seu rosto. Outras memórias de sua relutância
em falar sobre suas invenções rastejam em minha mente. — Cricket... Só porque
ele roubou a idéia não significa que você faça isso...Mas ele se lança em direção a St. Clair. — Filme?
Anna e eu olhamos para ele com preocupação, mas St. Clair facilmente
assume novamente. — Sim, se as senhoras já não necessitam dos nossos
serviços, acredito que estamos fora. — Cricket já esta a meio caminho para a
porta. Meu coração grita em surpresa agonia.
Ele para. É como se ele fosse fisicamente interrompido por algo que não
podemos ver. — Você vai estar aqui depois? — Ele me pergunta. — Quando o
filme acabar?
Minha garganta esta seca. — Eu devo estar aqui.
Ele morde o lábio inferior. E então eles se foram.
— Ele está muito afim de você — Anna diz.
Eu arranjo uma pilha de moedas e tento acalmar o batimento no meu peito.
O que acabou de acontecer? — Cricket é um cara legal. Ele sempre foi assim.
— Então, ele sempre foi afim de você.
Sim. Ele foi.
Anna pega o limpador de vidros e limpa uma mancha que St. Clair deixou na
parte de trás na janela. Seu sorriso desaparece enquanto ela a profunda seu
pensamento. — Qual é o problema? — Eu pergunto. Eu estou desesperada por
uma mudança de tema.
— Eu? Nada, estou bem.
— De jeito nenhum — eu digo. — É a sua vez. Poe pra fora.
— É... Minha família vem me visitar. — Ela deixa o mais limpo, mas sua
mão fica tensa. — Eles conheceram Etienne em nossa formatura no ano
passado, e eles gostaram dele, mas minha mãe está muito assustada com a
rapidez com que estamos nos movendo. Essa visita pode ser tão desconfortável.
Eu coloco o limpador longe dela. — Você acha que vocês estão indo rápido
demais?
Anna relaxa e sorri de novo, apaixonada. — Definitivamente não.
— Então você vai ficar bem. — Eu falo pra ela. — Além de que, todos
amam o seu namorado. Talvez sua mãe se esqueceu do quão encantador ele é.
Ela ri. Outro cliente vem à minha janela, e eu imprimo o seu bilhete. Quando
ele sai, Anna se vira para mim e pergunta: — E você? Como estão às coisas com
Max estes dias?
Estou assombrada por uma terrível compreensão. — Oh, não. Você queria
conhecê-lo. E nós fomos embora!
— Você teve uma noite ruim. — Ela encolhe os ombros. — Não se preocupe
com isso.
— Sim, mas...
— Está tudo bem, eu juro. Todo mundo comete erros. — Anna se levanta e
pega as chaves do trabalho. — O importante é não cometer o mesmo erro duas
vezes.Minha culpa se aprofunda. — Sinto muito sobre a semana passada. Quando
eu voltei tarde do jantar.
Ela balança a cabeça. — Isso não é sobre o que eu estava pensando.
— Então o quê?
Anna olha para mim com cuidado. — Às vezes, um erro não é um o quê. É
um quem.
E ela vai rasgar os bilhetes no corredor, me deixando com os pensamentos
desordenados como sempre. Será que ela quis dizer Max? Ou Cricket? Uma hora
depois, Franko entra. Ele tem cerca de 30, e seu cabelo está desigualmente
cortado. Como, se ele tivesse alguns lugares calvos por azar.
— Heeeeeey, Lola. Você já viu a coisa?
— Que coisa?
— Você sabe... A coisa com... Os nossos horários e isso?
— Você quer dizer o nosso horário?
— Yeah. Você já viu isso?
Olho ao redor. — Não aqui. Sinto muito. — Mas Franko já esta vasculhando
uma pilha de papéis sobre o balcão. Ele tira o telefone do gancho, e eu o agarro.
— Cuidado!
— Você achou? — Franko gira em torno de si enquanto eu me aproximo.
Seu cotovelo esbarra na minha cara e bate os meus óculos para o chão.
— Whoops. Eu tenho isso, Lola.
Há uma crise doentia de plástico.
— FRANKO! — Meu mundo se transformou em gotas de cores e luzes.
— Whoa. Desculpe Lola. Eles eram reais?
Anna corre para dentro — O quê? O que aconteceu? Oh. — Ela se agacha
para pegar o que eu suponho que são os meus óculos. Sua voz não soa
promissora. — Cara.
— O que é isso? — Eu pergunto.
— Você não pode ver? — Ela os coloca mais perto do meu rosto.
Pedaços. Muito, muitos pedaços.
Eu lamento. — Desculpa — Franko diz novamente.
— Você pode, por favor, voltar para o segundo andar de concessões? —
Anna pergunta. Ele sai. — Você tem outro par? Lente de contatos? Qualquer
coisa? — Ela pergunta. Eu lamento novamente. — Ok, não tem problema. Seu
expediente está quase no fim. Seu pai vai estar aqui logo para buscá-la.
— Era para eu usar o ônibus — Claro que esta noite é à noite em que os meus
pais estão ocupados e me deixaram usar o transporte público.
— Mas você ainda pode o pegar, certo?
— Anna, você está a dois metros de distância, e eu não posso dizer se você
está sorrindo ou franzindo a testa.
— Ok... — Ela se senta para pensar, mas salta imediatamente de volta.— Etienne e eu vamos te levar pra casa! É apenas um desvio rápido da
minha escola.
— Você não tem...
— Não é uma pergunta — ela interrompe. E eu estou aliviada por ouvi-la
dizer isso. Eu estou inútil pelo resto do meu turno. Estamos prontas para sair
quando os garotos retornam, e Anna aproxima-se do borrão de St. Clair. —
Estamos levando Lola para casa.
— Por quê? O que aconteceu? — A mancha de Cricket pergunta.
Olho para os meus sapatos enquanto eu explico a situação. — Você não pode
me ver? — St. Clair pergunta. — Você não tem idéia do que estou fazendo?
— Pare com isso — Anna diz, e eles riem. Eu não sei o que esta acontecendo.
É humilhante.
— Eu vou te levar pra casa — Cricket diz.
St. Clair protesta. — Você não tem...
— Eu moro ao lado. Não é fora do meu caminho.
Eu estou envergonhada da minha própria impotência. — Obrigado.
— Claro. — A sinceridade por trás desta simples declaração me toca. Ele não
está me provocando ou me fazendo sentir mal sobre isso. Mas Anna parece
preocupada quando ela me dá a minha bolsa. — Tem certeza de que vai ficar
bem?
A questão implícita: Tem certeza de que vai ficar bem com Cricket?
— Eu estou bem. — Dou-lhe um sorriso tranqüilizador. — Obrigado. — E é
verdade até sairmos, e eu tropeçar na calçada.
Cricket me agarra.
E eu desmorono novamente a partir do choque de seu toque. Ele me levanta,
e apesar do casaco entre nós, meu braço está zumbindo como um alarme de
incêndio. — As calçadas aqui são as piores — ele diz. — Os terremotos
dobraram as minas de terras. — Cricket remove sua mão. Eu pisco para ele, e
ele cautelosamente oferece seu braço.
Hesito.
E então eu pego.
E, então, estamos tão perto que eu posso sentir o cheiro dele. Eu cheiro ele.
Seu perfume é limpo como uma barra de sabão, mas com um toque doce de
óleo de mecânica. Nós não falamos até ele me levar através da rua para a
parada de ônibus. Eu pressiono contra ele. Só um pouco. Seu outro braço salta, e
ele abaixa. Mas então ele o levanta novamente, lentamente, e sua mão vem para
descansar em cima da minha. Queima. O calor traz uma mensagem: Eu me
preocupo com você. Eu quero estar conectado a você. Não deixe ir.
Mas então... Ele faz.
Ele se senta comigo na parada de ônibus, e me deixa ir, e ele não olha para
mim. Esperamos em um silêncio agitado. A distância entre nós cresce a cadaminuto passado. Será que ele vai pegar meu braço novamente, ou vou ter que
pegar o seu? Eu roubo um olhar, mas, é claro, eu não posso ver a expressão dele.
Nosso ônibus exala contra o meio-fio, e a porta se abre.
Cricket chega para mim.
Eu olho para o brilho amarelo no céu que só pode ser a lua. Obrigado.
Nós subimos a bordo, e antes que eu possa encontrar o meu passe de ônibus,
ele paga o meu bilhete. O ônibus está vazio. Ele ronca para frente, não esperando
nós nos sentar, e ele me agarra com mais força. Eu não preciso segurá-lo, mas
eu faço de qualquer maneira, com ambas as mãos. Nós nos sentamos em um
assento. Juntos. Eu estou agarrando sua camisa e seu coração está batendo como
um tambor.
— Oi — eu sussurro.
Ele tira as minhas mãos e se volta para o corredor. — Por favor, não faça
isso mais difícil do que já é — ele sussurra de volta.
E eu me sinto a maior idiota do mundo. — Certo. — Eu afundo o mais longe
possível dele. — Desculpe.
O fantasma de Max toma o assento entre nós. Ele espalha sua pernas
territorialmente. O ônibus é frio, e a viagem para a estação é curta. Desta vez, eu
tenho que tomar o seu braço. Ele me leva roboticamente. Nossa viagem de trem
até o Castro é desoladora. O trem se sacode adiante e atrás, através dos túneis
escuros e minha humilhação cresce mais e mais com cada forçado empurrão
em seu ombro. Eu preciso sair. AGORA. As portas abrem, e eu corro através da
estação e para fora da catraca. Ele está nos meus calcanhares. Eu não preciso
dele.
Eu não preciso dele, eu não preciso dele, eu não preciso dele.
Mas eu tropeço na calçada de novo, e o seu braço esta em torno da minha
cintura, e quando eu me puxo de suas mãos, ele só o aperta.
Há uma luta silenciosa entre nós enquanto eu tento torcer a minha saída. —
Para um cara magro, seus braços são como uma armadilha de aço: — Eu silvo.
Cricket cai na gargalhada. Seu aperto se solta, e eu quebro a distância,
tropeçando para frente. — Oh, vamos lá, Lola. — Ele ainda está rindo. — Deixeme
ajudar você.
— Eu nunca vou a lugar nenhum novamente sem segundo par de óculos... —
Espero que não.
— E eu só estou aceitando sua ajuda porque eu não quero correr em alguma
coisa e acidentalmente rasgar esse glorioso uniforme de poliéster...
— Entendido.
— E nada disso mudou nada entre nós. — Minha voz treme.
— Entendi também — ele diz em voz baixa.
Eu respiro fundo. — Ok.
Nenhum de nós se move. Ele está deixando para mim. Eu tentativamentechego para ele novamente. Ele estende o braço, e eu o aceito. O gesto de um
amigo ajudar o outro. Não há nada mais, porque, enquanto houver Max, não
pode haver mais nada. E eu amo Max.
Então é isso.
— Então — Cricket diz, uma quadra silenciosa mais tarde. — Conte-me sobre
este famoso vestido.
— Que vestido?
— O que você está fazendo. Parece importante.
Minha conversa com Max aparece de volta, e eu estou constrangida. Danças
são assuntos tão femininos. Eu não posso suportar ouvir o desprezo de Cricket,
também. — É para o meu baile de inverno — eu digo. — E isso não é
importante.
— Diga-me sobre isso.
— É... Um vestido grande.
— Grande como um pára-quedas? Grande, como uma tenda de circo?
Como sempre, ele me faz sorrir quando estou determinado a não fazer.
— Grande como Maria Antonieta.
Ele assobia. — Isso é grande. Como essas coisas são chamadas? Saias
rodadas?
— Mais ou menos. Nesse período, eles eram chamados de panniers. Eles iam
para o lado, em vez de ir em torno de um círculo perfeito.
— Parece um desafio.
— É.
— Parece divertido.
— Talvez fosse se eu tivesse alguma idéia do que eu estivesse fazendo.
Panniers são essas gigantes, engenhocas estruturais. Fazer elas não é costurar, é
construção. E eu tenho ilustrações, mas eu não posso encontrar instruções
decentes.
— Você quer me mostrar às ilustrações?
Minha testa aumenta. — Por quê?
Ele encolhe os ombros. — Talvez eu pudesse descobrir isso.
Estou prestes a dizer que não preciso de sua ajuda, quando eu percebo... Ele é
exatamente a pessoa certa para o trabalho. — Um. Sim. Isso iria ser bom,
obrigado. — Chegamos a minha parte. Eu aperto seu braço e deixo ir. — Eu fico
daqui.
— Eu vou a partir daqui. — Sua voz torna-se instável. — Eu posso levá-la
muito mais adiante. — E ele chega para mim uma última vez.
Preparo-me para o contato.
— Cricket — Uma chamada de entre as nossas casas, e seu braço cai como
uma âncora. Ela deve ter ido tirar o lixo. Calliope o abraça por trás, e eu
realmente não consigo ver, mas ela parece que está prestes a chorar. — Aprática foi um pesadelo. Eu não posso acreditar que você está aqui, você disse
que não poderia vir. Deus é bom vê-lo. Eu vou fazer chocolate quente e lhe dizer
tudo-Oh. Lola.
Cricket está estranhamente petrificado em silêncio.
— Seu irmão muito gentil me trouxe do trabalho para casa — Eu explico. —
Meus óculos quebraram, e eu estou completamente cega.
Ela faz uma pausa. — Onde é o seu trabalho? No cinema?
Estou surpresa que ela conhece. — Sim.
Calliope volta para Cricket. — Você foi ao cinema? E sobre esse graaande
projeto de amanhã? Pensei que era por isso que você não poderia voltar para
casa. Que estranho.
— Cal... — ele diz.
— Eu vou estar na cozinha. — Ela vai embora.
Eu espero até que ela esteja dentro. — Você tem um grande projeto para
amanhã?
Ele espera um longo tempo antes de responder. — Sim.
— Você não estava voltando para casa hoje à noite, você estava?
— Não.
— Você voltou para casa por mim.
— Sim.
Estamos quietos novamente. Tomo o braço dele. — Então me leve para casa.

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