Capítulo 7

Ele estava fazendo ali mesmo ao ar livre! — Digo. — Estou falando sério,
Charlie estava admirando o seu traseiro em química.
Lindsey não dá importância. — Mesmo que ele estivesse, o que eu
sinceramente duvido, você sabe que sobre a minha política. Sem caras.
— Até a formatura. Eu apenas pensei que já que era Charlie... E que os olhos
dele te seguiram por toda a sala...
— Não. — E ela dá uma mordida feroz em seu sanduíche de geléia com
manteiga de amendoim para terminar a conversa. Eu levanto as minhas mãos
em um gesto de paz. Eu sei que isso é melhor do que ficar discutindo, mesmo ela
tendo uma queda secreta pelo Charlie Harrison Ming desde que ele ganhou duas
vezes mais pontos que ela no Quis Bowl do ano passado.
Nossa primeira semana em Harvey Milk Memorial High no nosso penúltimo
ano foi como o esperado. As mesmas aulas chatas, as mesmas meninas
desagradáveis, e os mesmos babacas. Pelo menos Lindsey e eu almoçamos
juntas. Isso ajuda.
— Ei, Cleópatra. Quer pegar uma carona no meu Nilo?
Falando em idiotas. Gregory Figson bateu as mãos com um musculoso
amigo. Eu estou usando uma longa peruca preta com franja reta, um vestido
branco que eu fiz de um lençol, jóias com pedaços dourados, e claro – olhos
pintados do antigo jeito egípcio com delineador.
— Não — eu digo sem rodeios.
Gregory agarra o peito com as duas mãos. — Pirâmides bonitas — ele diz, e
vai embora, rindo.
— E eu pensando que ele não podia ficar mais nojento. — Eu abaixei meu
hambúrguer vegetariano, o apetite tinha acabado.
— E como se eu precisasse de outro motivo para esperar — Lindsey diz. —
Meninos do ensino médio são idiotas.
— É por isso que eu não saio com meninos do ensino médio. Eu saio com
homens.
Lindsey revira os olhos. Sua principal razão para esperar para namorar é que
ela acredita que ele vai ficar no caminho de sua agenda. Agenda é o seu termo,
não meu.
Ela acha que caras são uma distração de seus objetivos educacionais, então
ela não quer namorar até que ela estar firmemente estabelecida no pós ensino
médio. Eu respeito sua decisão, mesmo preferindo usar moletom em público a
desistir do meu namorado.
Ou desistir da minha primeira oportunidade de participar do baile de inverno.
É apenas para veteranos, e ainda está a meses de distância, mas estou
entusiasmada com o meu vestido de Maria Antonieta, para o qual já comecei a
coletar materiais. Seda dupioni brilhante e tafetá enrugado. Fita de cetim lisa.Delicadas penas de avestruz e jóias de cristal ornamentadas. Eu nunca tinha
tentado um projeto tão complexo, tão grande, e ele vai levar um o outono inteiro
pra ficar pronto.
Eu decidi começar quando chegasse em casa. É sexta-feira, e pela primeira
vez eu não tenho que trabalhar. Além disso, o Anphetamine vai tocar em um
clube que esta noite onde menores de 21 não podem entrar. E não vou permitir
que Max me coloque lá furtivamente.
De tudo que li online, eu preciso começar com as roupas íntimas.
Eu já comprei uma tonelada de tecido para o vestido, mas o traje ainda tem
que ser construído de dentro para fora, para que quando eu tomar as medidas
para o vestido real, eu possa fazê-las permanecer na volumosa e os aros gigantes.
Eu procuro por horas para obter instruções sobre como fazer aros
historicamente precisos e não chego a nada. A menos que eu queira fazê-los com
bambolês, e eu não quero, eu vou ter que ir à biblioteca para mais pesquisas. A
busca para corpete traz mais sucesso. Os diagramas e instruções são
esmagadoras, mas eu imprimo várias páginas e começo a tomar medidas e criar
um padrão.
Eu tenho costurado por três anos, e estou bastante decente. Comecei com
coisas pequenas, como todo mundo faz, fazendo bainhas, saias de linhas, fronhas,
mas rapidamente passei para itens maiores, cada um mais complexo que o
anterior. Eu não estou interessada em fazer o que é fácil.
Eu estou interessada em fazer o que é belo.
Eu me perco no processo: Traçando padrões no papel de seda, adequando-os
juntos, refazendo, e remontando. Quem não entende não percebe quantos
problemas tem que se solucionar na confecção de uma roupa, e os novatos,
muitas vezes param de frustração. Mas eu gosto do quebra-cabeça. Se eu olhar
para este vestido como uma coisa enorme, seria muito esmagador. Ninguém
poderia criar tal vestido. Mas por dividi-lo em minúsculas etapas individuais, o
tornando algo que eu posso alcançar. Quando meu quarto finalmente fica muito
escuro, sou forçada a levantar do chão e ligar as luzes. Estendo meus músculos
doloridos e olho para a minha janela.
Será que ele vai voltar para casa neste fim de semana?
A idéia me enche de inquietação. Eu não entendo por que ele está perguntado
sobre mim pra Andy e St. Clair. Existem apenas três soluções possíveis, cada
uma mais improvável do que a outra. Talvez ele não esteja fazendo amigos na
escola e, por algum motivo distorcido, decidiu que eu seria uma amiga decente
novamente. Quero dizer, ele veio para casa nos dois últimos fins de semana.
Obviamente ninguém é interessante o suficiente para mantê-lo em Berkeley. Ou
talvez ele se sinta mal sobre como as coisas terminaram entre nós, e está
tentando compensar isso. Limpar sua consciência.
Ou... Talvez... Ele goste de mim. Dessa outra maneira.Eu estava bem antes dele voltar, perfeitamente feliz sem essa complicação.
Teria sido melhor se ele me ignorasse. Calliope e eu ainda não nos falamos, não
há nenhuma razão para que Cricket e eu o façamos. Eu caminho em direção a
minha janela, e fico surpresa ao descobrir cortinas listradas penduradas no quarto
dele.
E então a sua luz acende.
Eu dou puxão para fechar as minhas cortinas. Meu coração bate enquanto eu
fico de costas contra a parede. Através dos tecidos das cortinas, eu observo uma
silhueta que é inegavelmente Cricket Bell jogando duas malas no chão, uma
mochila e uma mala de roupa suja. Ele se move em direção a nossas janelas, e
eu sinto guinadas de pavor dentro de mim. O que eu faço se ele chamar o meu
nome?
Há um brilho repentino quando ele abre suas cortinas. Seu corpo muda de
uma sombra escura para um ser humano plenamente concretizado. Eu me
escondo ainda mais. Ele fica parado lá, e então se assusta quando outra figura
entra em seu quarto. Eu mal posso ouvir o som da menina falando. Calliope.
Eu não posso me esconder para sempre. Minhas cortinas são espessas, e eu
preciso confiar nelas. Eu respiro fundo e me afasto, mas eu tropeço no meu
projeto e rasgo um molde. Eu amaldiçôo. Risos vem do vizinho, e por um
segundo de pânico, eu acho que eles testemunharam a minha manobra
desastrada. Mas isto é a paranóia falando. Qualquer que seja a razão dos risos
não tem nada a ver comigo. Eu odeio que eles ainda possam me fazer sentir
assim.
Eu sei o que eu preciso. Eu ligo, e ele atende um pouco antes do seu correio
de voz.
— HEY — Max diz.
— Oi! Como está à noite? Quando vocês acabam? — O clube está barulhento,
e eu não posso ouvir a sua resposta. — O quê?
“[SOM SOM] DEPOIS DAS ONZE [SOM].”
— Oh. Ok. — Eu não tenho nada a acrescentar. — Eu sinto sua falta.
“[SOM SOM SOM. SOM]”
— O quê? Me desculpe, eu não posso ouvir você!
“[SOM SOM] HORA RUIM [SOM].”
Eu suponho que ele está dizendo que tem que ir. — Ok! Vejo você amanhã!
Tchau! — Um clique na outra linha, e ele se foi. Eu deveria ter lhe mandado
uma mensagem. Mas eu não quero mandar agora, porque eu não quero
incomodá-lo. Ele não gosta de falar antes dos shows.
A chamada me faz sentir mais fria do que consolada. O riso continua ao lado,
e eu resisto à vontade de jogar minhas tesouras de costura na janela de Cricket
para fazê-los calar a boca. Meu telefone toca e eu respondo ansiosamente. —
Max!— Eu preciso que você diga a Nathan para vir me buscar.
Não é Max.
— Onde você está? — Eu já estou descendo apressadamente as escadas.
Nathan está na frente da televisão, o olho semicerrado, vendo Antiquees
Roadshow com Betsy . — Porque você não pode dizer a ele?
— Porque ele vai ficar puto, e eu não posso lidar com uma pessoa chateada
agora. — A voz está irritada e esgotada.
Eu parei no meio do caminho. — De novo não.
— Landlord mudou a fechadura, então fui forçada a arrombar meu
apartamento. Meu próprio apartamento. Eles estão chamando isso de um
incidente.
— Incidente? — Eu pergunto, e os olhos do meu pai se abrem. Eu empurrei o
meu telefone para ele, sem esperar por uma resposta, enojada. — Norah precisa
de você para ajudá-la.
Nathan xinga e pega meu celular. — Onde você está? O que aconteceu? —
Ele ouve as respostas dela enquanto recolhe as chaves do carro e põe seus
sapatos. — Eu estou levando seu telefone, ok? — Diz ele para mim. — Diga a
Andy onde estou indo. — E ele saiu pela porta.
Esta não é a primeira vez que minha mãe biológica nos liga de uma delegacia
de polícia. Norah tem um longo histórico, e é sempre sobre coisas estúpidas
como furto de enchiladas orgânicas congeladas ou que se recusa a pagar multas
às autoridades de trânsito. Quando eu era mais nova as acusações eram
geralmente de intoxicação pública ou conduta desordeira. E, acredite, uma
pessoa tem que estar muito intoxicada ou desordenada de ser presa nesta cidade.
Andy recebe a notícia em silêncio. Nosso relacionamento com a Norah é
difícil para todos, mas talvez seja mais difícil para ele. Ela não é nem sua irmã,
nem sua mãe. Eu sei que uma parte dele deseja que possamos abandonar ela
inteiramente. Uma parte de mim quer isso também.
Quando eu era pequena, os gêmeos Bell me perguntaram por que eu não
tinha uma mãe. Eu disse a eles que ela era a princesa do Paquistão - eu tinha
ouvido o nome no noticiário e achei que soava bem - e ela me deu para meus
pais, porque eu era o bebê secreto que ela teve com o jardineiro do palácio, e seu
marido, o príncipe mau, nos mataria se ele descobrisse que eu existia.
— Então você é uma princesa? — Calliope perguntou.
— Não. Minha mãe é uma princesa.
— Isso significa que você é uma princesa, também — Cricket disse
impressionado.
Calliope estreitou os olhos. — Ela não é uma princesa. Não existem coisas
como príncipes do mal ou do Paquistão.
— Existem sim! E eu sou! — Mas eu ainda me lembro que senti o sangue
quente correndo quando eles voltaram no final da tarde, e percebi que tinha sidodescoberta.
Calliope cruzou os braços. — Nós sabemos a verdade. Nossos pais nos
contaram.
— Sua mãe realmente não tem uma casa? — Cricket perguntou. — É por isso
que você não pode viver com ela?
Foi um dos momentos mais vergonhosos da minha infância. Assim, quando os
meus colegas começaram a perguntar, eu deixei simples: — Eu não sei quem ela
é. Eu nunca a conheci. — Me tornei uma historia de adoção normal e chata. Ter
dois pais não é um problema aqui. Mas, alguns anos atrás, Cricket e eu estávamos
assistindo televisão, quando ele se virou para mim e, inesperadamente,
perguntou: — Por que você finge que não tem uma mãe?
Eu me contorci. — Huh?
Cricket estava brincando com um clipe de papel, o dobrando em uma forma
complicada. — Quero dizer, ela está bem agora. Certo? — Ele quis dizer sóbria, e
ela esteve por um ano. Mas ela ainda era Norah.
Eu só olhei para ele.
E eu poderia vê-lo recordar o passado. Os Bells tinham ouvido minha mãe
biológica gritar por anos, sempre que ela aparecia totalmente bêbada e sem
avisar.
Ele baixou os olhos e deixou o assunto.
Eu sou grata que a minha genética não incomoda Max. Seu pai é um bêbado
que vive em um bairro perigoso de Oakland, e ele nem sabe onde sua mãe vive.
Se bem que Norah faz a minha relação com Max mais forte. Nós nos
entendemos.
Deixo Andy e vou para o andar de cima. Através da minha janela, vejo que
Calliope deixou o quarto de Cricket. Ele está andando. Meu molde rasgado zomba
de mim.
Os suntuosos, pálidos tecidos azuis empilhados na minha mesa de costura
perderam seu brilho. Eu os toco suavemente. Eles ainda estão macios. Eles ainda
mantêm a promessa de algo melhor.
Eu estou determinada a compensar a noite passada. — Hoje será totalmente
brilhante.
Betsy levanta a cabeça, ouvindo, mas não entendendo. Eu coloco uma fivela
de strass na minha peruca rosa pálida. Eu também estou usando um vestido de
baile de lantejoulas que eu alterei para um vestido curto, uma jaqueta jeans
coberta de broches do David Bowie, e cílios postiços brilhantes. Eu coço atrás das
orelhas de Betsy, e então ela trota atrás de mim para fora do meu quarto.
Encontramos com Andy nas escadas, carregando um cesto de roupa limpa.
— Os meus olhos! — Diz ele. — O brilho!
— Muito engraçado.
— Você está parecendo uma bola de discoteca.Eu sorrio e olho para trás. — Vou tomar isso como um elogio.
— Quando Max vai trazer você para casa?
— Mais tarde!
Nathan está esperando no fundo. — Quando, Dolores? Uma hora específica
seria útil.
— Seu cabelo está caído daquele jeito. — Eu abaixo minha bolsa para
corrigi-lo. Nathan e eu temos o mesmo cabelo - espesso, castanho médio, com
um cacho estranho na parte da frente que nunca se comporta. Ninguém duvida
que Nathan e eu estejamos relacionados. Nós também compartilhamos os
mesmos grandes olhos castanhos e o sorriso infantil.
Quando nos permitimos sorrir. Andy é mais esbelto que Nathan e mantém o
cabelo prematuramente grisalho cortado curto. Ainda assim, apesar de seu
cabelo e, apesar de seus adicionais nove anos neste planeta, todo mundo acha que
Andy é mais jovem, porque ele é aquele que está sempre sorrindo. E ele usa
camisetas engraçadas.
— Quando? — Repete Nathan.
— Hum, quatro horas?
— Isso são 5:30. Não espero que chegue depois disso.
Eu suspiro. — Sim, papai.
— E três telefonemas para checar.
— Sim, papai. — Eu não sei o que eu fiz para merecer os mais rigorosos pais
do mundo. Eu devo ter sido seriamente mal em uma vida passada. Não é como
se eu fosse Norah. Nathan só chegou em casa depois da meia-noite.
Aparentemente, sua fechadura foi trocada porque ela não vinha pagando o
aluguel e ela causou uma cena jogando a espreguiçadeira de um vizinho na
janela da frente. Nathan vai visitar o proprietário hoje para discutir novamente os
pagamentos. E essa situação da janela quebrada.
— Tudo bem, então. — Ele acena com a cabeça. — Se divirta. Não faça
nada que eu não faria.
Eu ouço Andy enquanto estou saindo pela porta da frente. — Querido, esse
trato não funciona quando você é gay.
Eu ri todo o caminho até a calçada. Minhas botas pesadas, desenhada com
redemoinhos de glitter rosa para combinar com a minha peruca, deixam um
rastro de pó de fada enquanto eu ando.
— Você é como uma estrela cadente — uma voz chama da porta da varanda
seguinte. — Brilhando.
Minha alegria imediatamente fica nula e sem efeito.
Cricket desce os seus degraus e se junta a mim na calçada. — Indo a algum
lugar especial? — ele pergunta. — Você está bonita. Brilhando. Eu já disse isso,
não disse?
— Você disse, obrigada. E eu estou saindo apenas por algumas horas. — Nãoé como se eu estivesse contando verdades completas ou dando explicações.
Claro, agora eu me sinto envergonhada por pensar nisso, assim que eu adiciono
com um encolher de ombros — Talvez eu vá até a Amoeba Records mais tarde.
Por que ele me faz sentir culpada? Eu não estou fazendo nada de errado. Eu
não devo nada a ele. Balanço a cabeça - mais para mim do que para ele - e vou
em direção a parada de ônibus. — Até mais — eu digo. Vou me encontrar com
Max no Upper Haught. Ele não pode me levar, porque ele foi pegar minha
surpresa antes. Uma surpresa. Eu não tenho idéia do que seja, o que poderia
surpreender todos com quem me importo. O fato de eu ter um namorado que me
traz surpresas é o bastante.
Sinto o olhar de Cricket. Uma pressão contra minha nuca. Na verdade eu me
pergunto por que ele não está me seguindo. Eu me viro. — O que você vai fazer
hoje?
Ele fecha a distância entre nós com três passos. — Eu não vou fazer nada.
Estou desconfortável novamente. — Oh.
Ele coça a bochecha, e a escrita na sua mão o instrui a Carpe Diem.
Aproveite o dia. — Quero dizer, eu tenho algum dever de casa. Mas não vai
demorar muito. Apenas uma hora. Duas no máximo.
— Certo. Lição de casa. — Eu estou prestes a dizer algo igualmente estranho
quando ouço o ronco do meu ônibus se aproximando. — É o meu! — Eu corro
até ele.
Cricket grita alguma coisa, mas eu não posso ouvi-lo sobre a explosão de
gases no escape quando o ônibus para contra o meio-fio. Eu pego um assento ao
lado de uma mulher ossuda em um avental estampado lendo o Livro Tibetano
dos Mortos.
Olho pela janela. Ele ainda está me olhando. Nossos olhos se prendem, e
desta vez, seu sorriso é tímido. Por alguma razão... Isso me faz sorrir de volta.
— Ooo — a mulher ao lado me diz. — Você está brilhando.

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